Criar atmosferas funcionais, coesas e visualmente impactantes exige mais do que estética: requer precisão na escolha dos materiais e sensibilidade para traduzir conceitos em experiências espaciais.
Sabendo disso, a Decor preparou mais um episódio do quadro “Segredo de Projeto”, em que convidamos profissionais da arquitetura e do design de interiores para compartilhar recursos que, na prática, fazem toda a diferença.
Neste episódio, quem revela uma de suas estratégias mais recorrentes é a arquiteta Gabriela Violetti, do escritório Dua Arquitetura. Seu segredo? O uso do papel de parede como ferramenta de projeto, com aplicação técnica e conceitual que contribui tanto para o resultado estético quanto para a funcionalidade do ambiente.
Venha conosco e descubra como transformar seus trabalhos com esse grande aliado, ou melhor, com esse segredo de projeto!
Benefícios do papel de parede para seus trabalhos
Longe de ser apenas um recurso decorativo, o papel de parede é uma solução de alto desempenho para transformar espaços com agilidade, sem a necessidade de obras civis. Gabriela utiliza esse material com frequência em seus projetos justamente por sua versatilidade, eficiência e capacidade de reforçar o conceito de cada ambiente.
Entre os principais benefícios do papel de parede para profissionais de arquitetura e design, podemos citar:
- Instalação limpa e rápida, ideal para projetos com prazos curtos ou readequações em ambientes prontos;
- Ampla variedade estética, o que permite traduzir estilos variados com um único recurso;
- Valorização da volumetria e dos materiais, atuando como elemento integrador da linguagem visual do projeto;
- Flexibilidade de uso em diferentes contextos, como ambientes residenciais, comerciais ou corporativos;
- Facilidade de manutenção, com opções laváveis e resistentes que oferecem longa durabilidade;
- Compatibilidade com projetos luminotécnicos, sem causar reflexos indesejados ou interferir na distribuição da luz.
Para Gabriela, o papel de parede é também uma solução inteligente para reforçar o storytelling do espaço, adaptando-se com naturalidade ao perfil do cliente e à proposta arquitetônica.
Como usar o papel de parede em seus projetos
Ao falar de especificação, Gabriela Violetti ressalta que o papel de parede não deve ser usado de forma aleatória ou meramente decorativa. Sua aplicação deve considerar aspectos como:
- Paleta de cores predominante no ambiente;
- Textura dos materiais existentes, como madeira, pedra ou tecidos;
- Incidência e qualidade da luz natural e artificial;
- Objetivo funcional do espaço (permanência, passagem, trabalho, descanso);
- Perfil dos moradores ou usuários.
Gabriela também explica que, em ambientes de permanência — como salas de estar e dormitórios — prefere usar texturas suaves, que transmitem conforto visual e criam uma base neutra para composições com mobiliário e iluminação.
Já em espaços como lavabos, halls e escritórios, ela opta por estampas tropicais, vibrantes ou com grafismos impactantes, capazes de gerar contraste, reforçar o protagonismo do ambiente e criar um ponto focal estratégico.
A escolha do papel de parede, portanto, deve ser feita a partir de uma análise sensível da proposta arquitetônica e da vivência que se pretende estimular.
Onde incluir papel de parede no ambiente?
A especificação correta do papel de parede está diretamente ligada ao uso que se faz de cada espaço. Gabriela compartilha alguns exemplos práticos que aplica com frequência em seus projetos:
1. Quartos
Em projetos de interiores para dormitórios, a arquiteta utiliza papéis com texturas têxteis, como linho e tramas finas, criando uma sensação de acolhimento e continuidade visual. As cores costumam ser neutras ou ter tonalidades terrosas, funcionando como pano de fundo para quadros, cabeceiras ou painéis.
2. Salas de estar
Em salas, a preferência é por papéis com padrões discretos ou geométricos leves, que contribuem para o equilíbrio da composição e destacam pontos de luz indireta, móveis e elementos de marcenaria.
3. Escritórios e home offices
Para espaços de home office, Gabriela sugere papéis com textura lisa, acabamento fosco e tonalidades sóbrias, que favorecem a concentração e evitam distrações visuais. Quando o cliente permite, inserções com padrões gráficos ou temas naturais podem ser bem-vindos.
4. Lavabos e halls
São os ambientes preferidos da arquiteta para ousar com estampas vibrantes e tropicais. Esses espaços de curta permanência permitem maior liberdade criativa, tornando o papel de parede um elemento de impacto que impressiona logo no primeiro olhar.
Como o papel de parede contribui com o projeto luminotécnico
Um dos diferenciais apontados por Gabriela Violetti é a integração eficiente entre papel de parede e iluminação. Ao escolher materiais e estampas compatíveis com a proposta luminotécnica, é possível criar efeitos mais sofisticados e valorizar a volumetria do ambiente.
Papéis com acabamento fosco e cores neutras, por exemplo, não competem com o projeto de iluminação. Pelo contrário, funcionam como superfície de suporte, permitindo que a luz rasante evidencie relevos e texturas. Em sancas, nichos ou paredes com arandelas, essa combinação é ainda mais valorizada.
Além disso, o papel de parede amplia a percepção da luz em ambientes onde a iluminação natural é limitada, criando conforto visual sem necessidade de ampliar o número de luminárias.
Conheça outros episódios do quadro Segredo de Projeto
Se você atua com especificação e busca referências reais de aplicação, não deixe de conferir os outros episódios do Segredo de Projeto! Em cada edição, nós da Decor Lumen trazemos arquitetos e designers reconhecidos para mostrar como os produtos certos, usados com inteligência, transformam um espaço.
Já passaram por aqui nomes como Mika Fujino, que compartilhou os diferenciais da Linha Picco, e Claudia Cunha, detalhando tudo sobre a linha de sofá ilhabela! Todos os episódios estão disponíveis com detalhes técnicos, exemplos de uso e comentários profissionais.
Acompanhe o quadro e fortaleça o repertório técnico do seu escritório com ideias que fazem sentido na teoria e na prática!
